Assim como em qualquer ambiente físico, o meio digital também precisa ter acessibilidade para que todas as pessoas consigam se informar, usar redes sociais, etc. É necessário que todas as páginas ou aplicativos tenham meios para que pessoas com deficiência consigam acessar e interagir.
Segundo o Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010 o país apresentava mais de 23% da população com alguma deficiência. Isso representa quase 45 milhões de brasileiros.
Neste conteúdo, vamos falar mais sobre a acessibilidade digital, sua importância e quais recursos existentes. Acompanhe a seguir!
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Acessibilidade: o que é?
Segundo a Lei, todos são iguais. Partindo desse conceito, a acessibilidade é a condição fundamental para que todo indivíduo tenha inclusão social. Tendo os mesmos direitos de conquistas, mobilidade e conhecimento.
Assim, para promover a acessibilidade é preciso identificar e eliminar barreiras que impeçam as pessoas de realizarem atividades, em condições similares aos outros. Garantindo que qualquer um consiga viver de forma independente.
Dessa forma, ela deve estar presente em todos os espaços. Seja nas ruas, no transporte, no acesso à informação e, claro, no ambiente digital.
Porém, apenas depois da Segunda Guerra Mundial que a sociedade foi olhar para as cidades e se conscientizar sobre o tema. Já que antes, as ruas eram projetadas com base no corpo perfeito – partindo do método Vitruviano, desde a antiga Roma.
Com o olhar para a inclusão social, foram criadas leis que estabelecem a promoção da acessibilidade para pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida nas edificações, ruas, entre outros. Essa é a Lei da Acessibilidade, criada em 2000.
Já a ONU assinou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências e seu Protocolo Facultativo em 2007. O principal benefício dele foi a mudança positiva na visão sobre a deficiência. Assim, ela não é mais tratada como um problema de saúde, e sim como um modelo social, com barreiras impostas na vida dessas pessoas.
A acessibilidade no ambiente digital
Além do ambiente físico trazer dificuldades para a vida de pessoas com deficiência, o meio digital também não muda muito. Sites não têm a opção de leitura para os cegos, os vídeos não possuem um tradutor para os surdos, e assim vai.
É preciso que a inclusão seja social em todos os meios, e isso inclui a internet. Apesar de a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) exigir a acessibilidade, o meio digital ainda tem muito o que caminhar nesse sentido.
Os profissionais que trabalham com isso esquecem que uma grande parte da população quer acessar e consumir seu conteúdo, mas não têm acesso. Assim, muitas empresas podem estar perdendo clientes em potencial, apenas por não procurar meios para tal.
A importância de investir na inclusão de todos
A internet trouxe uma revolução nas nossas vidas. Hoje em dia, fazemos quase tudo através dela: pedir comida, se comunicar, trabalhar, estudar, assistir filmes, se informar, etc.
Ter algum tipo de barreira que impeça uma parte da população – e uma parte grande – de ter acesso a isso, faz com que ela seja excluída de alguma forma. É preciso que todos, sem exceção, possam desfrutar do conhecimento e entretenimento que o meio digital nos possibilita.
Até porque, há leis nacionais e internacionais que dizem sobre a inclusão e condenam qualquer tipo de exclusão social. Como a LBI, que exige que todos os sites, de organizações que têm representação no Brasil, sejam acessíveis para pessoas com deficiência.
Porém, é muito difícil encontrar páginas que sigam essa Lei. Mesmo que muitos aparelhos já tenham funções que ajudem aqueles que possuem alguma deficiência, os sites também precisam investir nos elementos básicos.
E aqueles poucos que investem nisso, tem uma grande vantagem. Principalmente na questão do engajamento e, claro, de venda, pois conseguem atingir mais clientes.
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Recursos para atingir a acessibilidade
Hoje em dia existem diversas medidas que as empresas podem tomar para que seus sites e aplicativos sejam acessíveis. Em alguns casos, códigos simples na criação da página já ajudariam muito.
Além de contar com legendas em todos os vídeos, para que os deficientes auditivos possam compreender. Assim como ter extensões que convertam os textos em áudio automaticamente. Hoje em dia, já há alguns sites de notícias com a possibilidade de ouvir a matéria, em vez de ler.
Se for inserir alguma imagem e, principalmente nas redes sociais, faça a descrição dela. No Instagram, muitas marcas contam com a #paracegover, onde escrevem quem está na foto, seu contexto, a paisagem e qual é a ação. O mesmo vale para vídeos, que devem ter a audiodescrição para compreender toda a mensagem.
Por fim, as empresas podem investir num chat que consiga atender todos os tipos de deficiências. Dessa forma, será possível conversar e manter um canal aberto para entender e melhorar a experiência do usuário com a marca.
Assim, trazer a acessibilidade também para o meio digital faz com que tenhamos uma sociedade muito mais inclusiva. Sem barreiras para que determinada pessoa fique de fora do convívio online. Além de permitir que, realmente, todos tenham acesso à informação e conhecimento.
