Clubhouse: conheça a rede e saiba como experimentá-la

 

Em tempos de sucesso dos podcasts, uma nova rede social surgiu para mostrar ainda mais o poder da informação em áudio. Trata-se do Clubhouse, por enquanto só disponível para usuários de iPhone, da Apple. O aplicativo apresenta uma funcionalidade simples: a de enviar e compartilhar mensagens de áudio – iguais às que estamos acostumados a mandar pelo corriqueiro WhatsApp.

E apesar da trivialidade, tem chamado a atenção até mesmo de personalidades. Para se ter ideia, assim que foi lançado, o Clubhouse foi notado por ninguém menos que o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, além do rapper americano Drake e do icônico diretor do Big Brother Brasil, Boninho.

Mas, afinal, como funciona o Clubhouse? O que tem de tão especial? Neste artigo vamos explorar melhor as características da rede social. Acompanhe!

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Entenda como funciona o Clubhouse

Quando uma nova rede social surge é comum que a curiosidade sobre ela seja intensa. Às vezes pode ser só “fogo de palha”. Mas em outros casos, a plataforma pode dar tão certo que seu uso passa a concorrer com outras mídias famosas, como o Instagram e, nesse caso, com o próprio WhatsApp.
Contudo, para saber se o app realmente oferece algo de interessante é preciso conhecê-lo e testá-lo. Para explicar como fazer isso, selecionamos pontos principais nos tópicos a seguir.

Participe após receber um convite

Sim, você leu certo. O Clubhouse não é igual a outros aplicativos que permitem ao usuário baixar no celular de forma autônoma. Pelo menos não por enquanto. Para utilizá-lo é preciso receber um convite de alguém já cadastrado.

Além disso, vale dizer que os convites não são disponibilizados indiscriminadamente. Cada pessoa tem um número limitado para enviar a quem acha que “merece” fazer parte da nova rede social.

Até o momento, há a informação de que cada usuário tem dois convites livres, os quais devem ser enviados a contatos salvos em seu celular.

Aproveite as ferramentas depois de ser convidado

Teve a sorte de receber um convite para usar o Clubhouse? Então agora você pode fazer o seu cadastro com seus dados e partir para a descoberta das ferramentas oferecidas.

Entrando na plataforma, você perceberá o porquê do nome “Clubhouse”. Isso por que o app se divide em verdadeiros “clubes”, todos com o intuito de promover a interação por meio de áudio.

Algo que chama a atenção, em princípio, é a quantidade de pessoas que podem se envolver em um só desses clubes: até cinco mil pessoas. Lembrando que os áudios enviados são sempre transmitidos ao vivo, como em uma conferência normal.

Ou seja, é como se fosse um podcast acontecendo em tempo real, com algumas regras delimitadas pela plataforma. Por exemplo:

“Speakers” e “Listeners”

São as funcionalidades previamente escolhidas por quem cria o grupo no Clubhouse. Elas indicam respectivamente quem estará autorizado a falar e quem poderá somente ouvir.

Tema debatido

As salas geralmente são criadas para discutir um assunto determinado. Acontece como uma palestra em áudio, sendo que os ouvintes podem escolher ficar ou sair da sala em questão.

Tempo real

Como as reuniões ocorrem ao vivo, os usuários podem conferir todas as salas que apresentam debates no momento. É possível ver também aquelas que têm eventos por acontecer.

De qualquer modo, tanto para os grupos ativos quanto aos que vão promover reuniões em breve, há modos diferentes de salas. No caso das privadas, por exemplo, a pessoa interessada em participar precisa pedir autorização para entrar. O anfitrião do “clube” será responsável por aceitar ou não.

Assim que os eventos acabam, esses grupos não ficam mais visíveis para todos.

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Crie uma sala no Clubhouse

Logo após passar por tantos “obstáculos” para se tornar um usuário do Clubhouse, você pode querer aproveitar ao máximo todas as funcionalidades da plataforma. Por que não criar uma sala para moderar uma reunião?

Essa utilidade vale principalmente se você tiver algo importante para comunicar com pessoas do trabalho, sócios e parceiros, com alunos ou até mesmo com sua grande lista de amigos.

Apesar de somente trabalhar com um formato de mídia – não aceita imagens ou vídeos, o Clubhouse se mostra bastante versátil para a proposta que tem.

Uma prova disso é que o aplicativo oferece a possibilidade de criar três estilos diferentes de salas de conferência:

  • Públicas – Permitem a entrada de qualquer usuário interessado;
  • Sociais – Podem participar os membros seguidos pelo dono da sala;
  • Particulares – A participação é controlada pelo moderador.
Quer criar um desses grupos? Então você precisa procurar no app pelo botão “Criar Sala”. Logo em seguida o sistema pedirá que escolha as pessoas que deverão participar desse encontro.
Entre as configurações também haverá a chance de determinar se a reunião acontecerá imediatamente ou será agendada para uma outra hora e/ou data.
De todo o modo, não se esqueça de criar um título e colocar uma descrição sobre o evento criado. Isso vai nortear os participantes e garantir mais organização.

Diferenciais do Clubhouse

Com tanta rede social no mundo, muitas que até oferecem a função de áudio, como o Clubhouse se destaca?
De acordo com alguns especialistas, o fato de ser um app exclusivo para o envio de mensagens em áudio pode ser algo que garante uma personalização. Afinal, há muitos usuários do WhatsApp, por exemplo, que reclamam do recebimento de inúmeros vídeos e imagens.
Nesse sentido, pode agradar muito aqueles que queriam um lugar para se fazer ouvido sem a necessidade de receber mídias desnecessárias.
Além disso, há quem diga que a plataforma foi criada pensando na criação de networkings e no fortalecimento das relações profissionais. Não se sabe se houve uma inspiração no LinkedIn, a consolidada rede social do mundo corporativo, contudo, o Clubhouse já tem se mostrado atraente para executivos e CEOs.
Portanto, além de ser uma ferramenta interessante para você soltar a voz em grupos com pessoas já conhecidas, pode valer a pena para estreitar relacionamento com pessoas de seu mesmo nicho de trabalho. Ou simplesmente estar ali para ouvir o que elas têm a dizer.
Ao mesmo tempo devemos ressaltar que a nova rede social se tornou uma queridinha de celebridades gringas e brasileiras. Conforme dissemos, Drake e Boninho são usuários, assim como a apresentadora Oprah Winfrey, a tenista Serena Williams e o apresentador Luciano Huck, para citar alguns exemplos.
Então, se você não está procurando um aplicativo para se envolver em questões profissionais, pode aproveitar os grupos públicos liderados pelos famosos. Que tal?

Clubhouse e a falta de acessibilidade

Em contraposição a todas as qualidades da nova rede social, há, por ora, um ponto negativo que merece ser ressaltado. O Clubhouse não é um aplicativo com acessibilidade.
Por conta disso, a plataforma tem sido alvo de inúmeras críticas, tanto por líderes de movimentos em prol de pessoas com deficiência, quanto pela sociedade de modo geral.
Para ser acessível, o Clubhouse deveria oferecer mecanismos tecnológicos para incluir nos grupos as pessoas surdas, ou seja, não poderia ser um app somente de áudio. Ademais, teria que desenvolver leitores de tela para beneficiar os deficientes visuais.
Por enquanto não há nenhuma dessas funcionalidades. E diante de tantas manifestações, a rede criada em 2020 pode acelerar o processo de criação de ambas.
Ao mesmo tempo, vale dizer que, de acordo com quem entende do assunto, a implementação dessas ferramentas em um aplicativo de celular é algo relativamente simples. Pode se tratar de um indício de que a questão da acessibilidade não se encontra em uma das prioridades dos criadores no momento.

O que achou do Clubhouse?

E então, gostou de saber qual a nova rede social do momento? Bom, se você é daqueles que reclama quando recebe áudio longo no WhatsApp pode não gostar muito da ideia.
Porém, ao que parece, o app ainda tem muito para conquistar no mundo digital e pode oferecer novidades tão logo.
Tem alguma dúvida sobre como funciona o Clubhouse? Se você gostou do nosso conteúdo, então acompanhe o blog Mais TIM.
Gabriele Assif Kassel
Gabriele Assif Kassel
Gabriele Kassel é uma escritora freelancer de tecnologia e estilo de vida que mora em São Paulo. Com formação em ciência da computação, se especializou em escrever sobre tecnologia para grandes empresas, além de ter colaborado com publicações como Wired, Fast Company e Forbes.
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