Ferramentas de controle dos pais

 

O uso de aparelhos celulares se tornou indispensável para os adultos e irresistível para as crianças. São muitas novidades, informações e conteúdos ao alcance das nossas mãos. Com isso surge também a necessidade de ferramentas de controle dos pais para regular o uso da internet pelas crianças.

Uma pesquisa realizada pela Revista Crescer informa que no Brasil 38% das crianças com menos de oito anos já utilizam dispositivos digitais, como celular, tablets, videogames, televisão, computadores pessoais ou portáteis.

Os dados registrados dos pais e responsáveis entrevistados também revelaram que cerca de 47% das crianças passam cerca de três horas ou mais em frente a uma tela, diariamente.

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Impedir o uso desses aparelhos não é mais uma alternativa viável, uma vez que a nova geração já nasce inserida na dinâmica tecnológica e utiliza os recursos digitais quase como uma extensão de seus corpos.

No entanto, há algumas alternativas para ressignificar o uso da internet pelas crianças. 

Além disso, hoje em dia podemos contar com diversas ferramentas para o controle dos pais, que podem assim monitorar o conteúdo que os pequenos acessam na web.

Se você quer conhecer algumas dessas ferramentas e ainda alternativas para estimular o uso regular da internet, acompanhe este artigo até o fim e anote as nossas sugestões.

Crianças e o uso do celular

Inicialmente precisamos entender por que o controle dos pais sobre o uso de celulares é um assunto tão importante e delicado. 

Nas décadas passadas, a principal preocupação dos pais era a quantia excessiva de horas que seus filhos passavam em frente à televisão.

A proximidade física das crianças com esses aparelhos também entrava em discussão. “Sai da frente dessa televisão”, eles diziam. 

Hoje o problema da televisão persiste. No entanto, a preocupação dos adultos agora inclui também a utilização dos celulares e tablets pelas crianças. 

Alguns podem pensar que o problema só mudou de tamanho da tela. Porém profissionais da saúde, principalmente da pediatria, alertam que o uso excessivo desses novos equipamentos eletrônicos provoca danos ao desenvolvimento das crianças.

Um estudo canadense afirma que crianças menores de dois anos de idade que frequentemente utilizam eletrônicos com telas têm mais chances de enfrentar problemas na fala e, ainda, de socialização.

Isso porque enquanto crianças ficam em frente a telas assistindo a programas, filmes ou vídeos, jogando videogames ou simplesmente interagindo com os aparelhos, elas estão perdendo a oportunidade de praticar outras habilidades motoras, linguísticas e sociais importantes.

Como alternativa de controle dos pais, podemos definir horários específicos para o uso de internet e aparelhos eletrônicos pelas crianças. 

A Associação Americana de Pediatria (AAP), por exemplo, indica uma determinada quantia de horas para cada faixa etária. Confira:

  • Crianças com menos de 18 meses devem evitar qualquer relação com dispositivos eletrônicos ou digitais.
  • Crianças entre 18 e 24 meses podem assistir a alguma programação de qualidade, desde que acompanhados pelos pais ou responsáveis.
  • Crianças de dois a cinco anos podem ter acesso a telas durante uma hora por dia, desde que supervisionados por um adulto.

A associação informa que crianças maiores de seis anos precisam igualmente de limites, dessa vez de acordo com a rotina e hábitos da família. 

Contudo, vale ressaltar que o tempo de uso de aparelhos eletrônicos e internet não pode atrapalhar o sono ou a prática de atividades física. 

Conheça alguns dos principais riscos apontados pela Sociedade Canadense de Pediatria:

  • atraso no desenvolvimento;
  • obesidade infantil;
  • alterações da fala;
  • alterações do sono;
  • alterações do humor;
  • déficit de atenção;
  • exposição na web;
  • excesso de radiação.

Como você pode perceber, é importante os pais estabelecerem com os filhos um limite de horas em frente às telas e também definirem a qualidade do conteúdo acessado por meio dessas plataformas.

Explique para as crianças as consequências envolvidas pelo mau uso das tecnologias e garanta que elas aproveitem da melhor maneira a oportunidade de utilizar esses recursos.

Leia também: Criança no celular: como definir os limites?

Ferramentas de controle dos pais

Diante da disseminação do uso de internet e celular por crianças e adolescentes, foram desenvolvidos alguns programas que facilitam a supervisão dos adultos. 

Esses programas são úteis na hora de monitorar, restringir ou até mesmo bloquear o acesso a determinados conteúdos dos pequenos internautas.

Confira a seguir cinco ferramentas aliadas do controle parental na web:

1. Spyzie Controle Parental

Esse aplicativo permite que o responsável rastreie e monitore todas as atividades dos dispositivos Android ou iOS. 

Com ele, é possível verificar os registros das chamadas, das mensagens SMS, do WhatsApp, das localizações GPS. 

O Spyzie Controle Parental permite ainda que o adulto defina facilmente um limite de tempo dos dispositivos digitais das crianças diretamente do seu telefone. 

2. McAfee Safe Eyes

Um excelente programa que pode ser utilizado nos sistemas operacionais Windows ou Mac é o McAfee Safe Eyes. 

Ele pode ser personalizado pelo adulto, que configura facilmente o que pode ser acessado na internet, escolhendo filtrar ou bloquear determinados conteúdos da web.

Uma vantagem que precisa ser destacada é o fato de esse programa enviar alertas e relatórios de atividades em tempo real para o adulto que está no controle. 

3. TIM Protect

A operadora de telefonia móvel TIM disponibiliza em seu catálogo de serviços o TIM Protect, um pacote de proteção online de dados para você e sua família.

Além de Backup e Suporte Digital, o serviço também oferece o TIM Protect Filhos, que monitora e cuida do que seus filhos fazem na internet. 

Ele ainda permite a definição de horários específicos para cada membro da família e envia relatórios diários do que foi acessado.

4. Witigo Parental Filter

Com esse programa, é possível monitorar os sistemas operacionais Windows, Mac e Linux e ainda dispositivos Android.

Isso significa que você pode ter o controle do que seu filho acessa tanto no computador quanto no celular, por meio da mesma ferramenta.

Ele permite filtrar conteúdos da internet com base em 27 categorias, como: conteúdo obsceno, jogos online, violência, entre outros. 

5. AppBlock

O aplicativo AppBlock suporta os dispositivos Android e iOS e precisa ser instalado diretamente no celular da criança. 

Com ele, o adulto responsável pode bloquear o uso de chamadas, vídeos, fotos, aplicativos e downloads.

O aplicativo permite ainda definir dias e horários específicos, além do desligamento programado, que garante o uso delimitado da internet e do celular pelas crianças. 

Alternativas para interagir com seu filho

Como dissemos anteriormente, limitar o uso diário de celulares e tablets das crianças é uma das alternativas indicadas para restringir o consumo de tecnologia no dia a dia.

Contudo, é importante que durante as horas permitidas de uso desses aparelhos, as crianças e adolescentes aproveitem a internet da melhor maneira. 

Estimule seu filho a usar a tecnologia de maneira produtiva, saudável e consciente. Instigue as crianças menores a fazer pesquisas e descobertas inteligentes na internet.

Em tempos de fake news, ensine as crianças mais velhas e adolescentes a consultar fontes confiáveis de informação e a verificar a veracidade de uma notícia.

Na prática, você pode inserir essas alternativas da seguinte maneira:

  • Ofereça ajuda para as tarefas escolares do seu filho. Vocês podem, juntos, realizar pesquisas na internet para a realização de suas atividades. Enquanto pesquisa, explique, por exemplo, como funciona a navegação na internet ou como eram os buscadores antecessores ao Google. Você se lembra do brasileiríssimo “Cadê?”?
  • Nas horas livres, crie jogos e brincadeiras que combinem atividades analógicas com o acesso à internet. Uma sugestão é recortar, reunir e colar imagens de plantas ou animais encontrados em revistas ou jornais velhos, e em seguida pesquisar na internet o nome científico ou as características desse incrível portfólio biológico.
  • Se você lida com crianças mais velhas e adolescentes, ensine a turminha a não somente ler as manchetes, mas abrir as notícias, ler toda a matéria, interpretar o que foi dito e só então tirar alguma conclusão ou emitir alguma opinião.
  • A faixa etária acima dos 12 anos também precisa ser estimulada a verificar a veracidade das notícias por meio da consulta de uma ou mais fontes confiáveis. Nesse caso, explique o que é e os riscos provocados pelas fake news e oriente para que não compartilhem notícias de conteúdo falso ou suspeito.
  • Converse com seus filhos sobre os riscos do cyberbullying, busque informações e promova diálogos alertando sobre as consequências provocadas pelo assédio virtual. Essa pode ser uma boa oportunidade para descobrir se o seu filho ou colegas do seu filho são vítimas dos denominados crimes tecnológicos.

Vale ressaltar que na maioria das vezes o comportamento dos pequenos é um reflexo da atitude de seus pais e responsáveis. Portanto, eduque por meio do exemplo.

Se usar dispositivos digitais durante as refeições é um hábito que você desaprova, explique para as crianças que você considera esse comportamento inadequado e por isso você também não utiliza os aparelhos à mesa. 

A partir de pequenas mudanças de atitudes, todos nós podemos melhorar a relação com o uso de dispositivos digitais, internet e redes sociais.

Se você gostou dessas dicas de controle dos pais ao acesso dos filhos à internet, não esqueça de compartilhar este artigo com amigos e familiares que também são pais. Siga acompanhando as novidades tecnológicas aqui no blog.  

Gabriele Assif Kassel
Gabriele Assif Kassel
Gabriele Kassel é uma escritora freelancer de tecnologia e estilo de vida que mora em São Paulo. Com formação em ciência da computação, se especializou em escrever sobre tecnologia para grandes empresas, além de ter colaborado com publicações como Wired, Fast Company e Forbes.
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