Reconhecimento facial é a nova tecnologia de impressão digital

 

Imagine que você precise efetuar um pagamento e consegue realizá-lo apenas com reconhecimento facial. Parece uma realidade distante, mas as tecnologias contemporâneas já possibilitam que isso ocorra. Ao invés de entregar dinheiro a um atendente, inserir um cartão na maquina ou usar sua impressão digital, sua face é o suficiente.

O reconhecimento facial é um modo de identificação biométrica. Isso significa que ele armazena características únicas de uma pessoa e as associa à dados como número de documentos e senhas. A tecnologia também é utilizada para combater fraudes e tem chegado, por exemplo, até às salas de aula escolares como forma de registrar a presença de alunos.

Existem múltiplos benefícios no uso dessa tecnologia. Inclusive, os celulares mais avançados já incorporaram esse tipo de recurso para facilitar a identificação de seus usuários.

Confira a trajetória do desenvolvimento do reconhecimento facial, seus usos e possibilidades futuras!

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Os avanços do reconhecimento facial

As tecnologias de reconhecimento facial são recentes se comparadas às que utilizam a impressão digital. Os primeiros passos datam a década de 1960 com as pesquisas desenvolvidas por Woodrow “Woody” Bledsoe para a Panoramic Research Incorporated. O matemático e cientista da computação dos Estados Unidos traçou questões que até hoje integram as pesquisas sobre reconhecimento facial.

No intervalo de 1960 a 1991, as investigações em relação à identificação e reconhecimento facial evoluíram de sistemas semiautomáticos até os completamente automatizados. Novos marcadores para identificação dos rostos foram adicionados ainda na década de 1970, possibilitando um aumento na automatização. No entanto, alguns procedimentos ainda precisavam ser realizados manualmente.

Um ponto relevante na trajetória das tecnologias de reconhecimento da face ocorreu no final da década de 1980. Foi nesse período que Kirby e Sirovich passaram a utilizar a análise de componentes no reconhecimento facial. Com isso, os pesquisadores do Departamento de Matemática Aplicada da Universidade Brown, Estados Unidos, provaram que era possível codificar uma imagem utilizando menos de 100 valores.

Reconhecimento em tempo real

Descobertas realizadas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1991 possibilitaram a criação de sistemas automatizados de reconhecimento facial em tempo real. Entretanto, é só em 2001 que a atenção da sociedade norte-americana se direciona ao tema.

Isso acontece por conta do uso experimental do reconhecimento facial no Superbowl XXXV, jogo final do campeonato da Liga Nacional de Futebol (NFL) dos Estados Unidos. Na ocasião, foram capturadas imagens das câmeras de segurança do evento e comparadas com uma base de dados digitais. O procedimento gerou questionamentos relacionados ao uso e segurança das informações adquiridas.

Dando um salto temporal, os primeiros telefones celulares com reconhecimento facial só passaram a ser comercializados no início dos anos 2010. A disponibilização dessa tecnologia ao alcance da palma da mão impulsionou um desenvolvimento ainda mais rápido das pesquisas mundialmente. Isso também influi diretamente na ampliação dos usos possíveis do reconhecimento facial no cotidiano.

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Integrando o reconhecimento facial no dia a dia

O sistema operacional Android 4.0 lançado em 2011 trouxe para uma série de smartphones a possibilidade de desbloqueio do aparelho utilizando o reconhecimento facial. No entanto, a pouca profundidade na análise dos rostos produziu inseguranças. Em testes, usuários conseguiram efetuar o desbloqueio com o uso de uma foto do proprietário do dispositivo.

Essa ferramenta vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos. De acordo com um teste da revista Forbes, até 2018, os iPhones fabricados pela Apple são os celulares com melhor segurança no reconhecimento facial. Uma das razões apontadas é o uso dos sensores TrueDepth no sistema operacional iOS.

Os bancos digitais como o Original, o Neon e o Nubank se tornaram um dos principais adeptos do reconhecimento facial no Brasil. A identificação facial digital se mostra a alternativa mais eficaz contra fraudes nos procedimentos de abertura de conta realizados através de aplicativos. O envio de selfies dos usuários e imagens de documentos com foto permite também agilidade no processo de abertura da conta ou liberação de crédito. Tudo isso pode ser resolvido virtualmente com praticidade.

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Recurso aplicado em aeroportos e pela polícia

Os aeroportos nacionais são um dos espaços onde o reconhecimento facial também é utilizado. Um sistema controlado pela Receita Federal funciona agilizando o atendimento de passageiros em voos internacionais. Através dele, é possível identificar viajantes suspeitos e realizar uma fiscalização intensa sem prejudicar os demais passageiros.  

Outro exemplo é a plataforma de selfie check-in da GOL. Ela possibilita que os clientes autentiquem o check-in através de um software de reconhecimento facial. Em três anos, mais de um milhão de tripulantes utilizaram o serviço. 

Em cidades do Brasil, como o Rio de Janeiro, as câmeras de segurança pública buscam identificar rostos de pessoas procuradas. Segundo a Polícia Militar da cidade a identificação ajuda a efetuar prisões. Os rostos são comparados com uma base de dados dos procurados. Ao serem identificados, são acionados profissionais que executam abordagens nos respectivos locais onde as imagens foram registradas.

Países já utilizam tecnologia

Em países como China, Singapura e França o reconhecimento facial já é utilizado para identificar seus cidadãos. A França se tornou o primeiro país europeu a utilizar um programa de identificação facial com esse objetivo. O aplicativo Alicem entrou em uso em novembro de 2019.

Nele, os franceses gravam um vídeo para que sejam identificados movimentos e expressões faciais em diferentes ângulos. Esses dados são comparados com a fotografia de um passaporte biométrico. Os usuários têm acesso a uma série de benefícios públicos através da confirmação da identidade.

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Inovação que veio para ficar

Além dos exemplos apresentados, novos usos estão sendo apontados para as tecnologias de reconhecimento facial. Um deles é ampliação dos pagamentos digitais ou presenciais após a pandemia do coronavírus. As medidas de segurança para evitar o contágio estimulam o distanciamento social e restrições para o contato com superfícies compartilhadas.

Por conta disso, os softwares de reconhecimento facial aparecem como alternativas viáveis e seguras, uma vez que não precisam do toque ou da proximidade. Atualmente, os programas já são capazes de validar transações até mesmo de rostos que utilizam máscaras preventivas. 

Um exemplo de tecnologia já em uso pode ser encontrado na China. O software que utiliza inteligência artificial (IA) “Smile to Pay” possibilita a confirmação de um pagamento com um sorriso.

Segundo o grupo de empresas Alibaba, proprietário da tecnologia, a IA identifica e extrai informações dos rostos com uma precisão 95,5% mais alta do que o olhar humano. Já está em uso internacional também o “Indetity Check Mobile” da Mastercard. Nele, é possível confirmar o pagamento piscando os olhos.

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Reconhecimento facial: cada vez mais presente

A fintech PicPay já estuda a implantação do pagamento com reconhecimento facial no Brasil. Além de proporcionar mais segurança para a saúde, o método também possibilita uma maior agilidade na decisão de compra do consumidor. Por esses motivos, é possível afirmar que o reconhecimento facial veio para ficar.

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Alice Ribeiro
Alice Ribeiro
Jornalista e redatora experiente, atualmente com vasta experiência em redação de conteúdo e reportagem. Também é fluente em inglês e possui conhecimentos avançados de SEO e marketing.
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