Por trás da foto: principais recursos das câmeras de celular

 

Com o advento dos smartphones, capturar imagens de todas as ordens se tornou um hábito. Desde paisagens a belos pratos de comida, apelidados carinhosamente de “Instafood”, sobejam fotografias em redes sociais, principalmente nas dedicadas exclusivamente às imagens. Porém, você sabe como identificar as melhores câmeras de celular?

A pergunta é simplista e não reflete a complexidade dos fatos, sobretudo em razão da evolução recente desses dispositivos. Primeiro, porque houve, no último par de anos, um grande esforço das principais fabricantes de celular para incrementá-los. Assim, hoje é mais acertado falar em conjuntos fotográficos, pois a “câmera” dos principais aparelhos é a reunião de lentes especializadas em determinados tipos de captura.

Nesse sentido, os smartphones premium podem conter uma lente para ampliar o ângulo das fotografias, outra para registrar objetos bem de perto. Além disso, as lentes que proporcionam zooms extraordinários geralmente são excedentes ao sensor principal, e há, ainda, o famoso Time of Flight (ToF), que dá efeito desfocado ao fundo da imagem, em oposição ao primeiro plano. Trata-se, pois, do famoso efeito bouquet.

Depois, é preciso levar em consideração que, cada vez mais, surgem incrementos tecnológicos para auxiliar o conjunto fotográfico. Nesse sentido, softwares inclusive com inteligência artificial dão retoques finais às capturas para aproximar fotos amadoras das captadas com equipamentos ou por fotógrafos profissionais.

Diante dessa popularização de câmeras muito boas e da acessibilidade da população a telefones com esses recursos, vamos explicar o que acontece por trás de uma fotografia capturada com os smartphones. Assim, pode ser que você se anime a bater umas fotos e, de quebra, melhore seus resultados por conta de ajustes simples, porém desconhecidos, que estão presentes no seu celular.

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Recursos das câmeras de celular

Foi-se o tempo em que as câmeras de celular eram só um plus do aparelho. Atualmente, elas chegam a ser a isca para um perfil de usuário que só tende a crescer. Prova disso são os conjuntos fotográficos imensos, a possibilidade de se aproximar de um objeto em até 100x e a facilidade de usar efeitos de desfoque, inclusive em modelos mais baratos de smartphone.

Esse nicho de mercado seguramente foi inflado pela popularização de redes sociais como Facebook e Instagram, às quais usuários dedicam tempo, conteúdo e, muitas vezes, dinheiro. Nesse sentido, há, aliás, marcas que optam por marketing social em rede em vez de tradicionais outdoors, anúncios pagos em modalidades mais tradicionais ou esforço para alavancar as pesquisas orgânicas de motores de busca como Google.

Por isso, atualmente, as funcionalidades presentes nas câmeras de celular foram elevadas a patamares impensáveis poucos anos atrás. E, salvo melhor juízo, quem mais desfruta delas são os usuários não-dedicados a fotografias e equipamentos profissionais.

Então, veja as principais especificações e os principais recursos dessa ferramenta do seu celular, aprenda o que cada um deles pode fazer por você, e aproveite tudo o que de melhor você pode tirar deles! Vale dizer, porém, que os celulares intermediários e premium de 2020, caso você esteja procurando um telefone novo, prometem muito nesse sentido. Os celulares futuros, cuja promessa é ainda maior, chegarão com o que ainda não concebemos.

Mas, não é preciso depender de modelos tão recentes para contar com um ótimo equipamento. Celulares mais baratos também entregam excelentes resultados.

Megapixels

Megapixels (MP) é a sigla mais comum com que você pode se deparar nas especificações de câmeras de celular. Então, entenda exatamente o que ela significa.

Um megapixel significa um milhão de pontos para a construção de uma imagem. Ou seja, em 10MP o resultado terá 10 milhões de pontinhos construindo essa imagem.

Exemplo de pixels câmeras do celular

Sabe quando você aproxima uma imagem tanto que ela começa a ficar quadriculada? Então, essa é a fronteira entre ver uma imagem e ver a sua constituição, cada pontinho que a constrói. Nesse sentido, quanto mais megapixels contiver a câmera do seu celular, com maior número de pontinhos a sua foto será construída.

Essa especificação é interessante, pois permite a aproximação de partes da foto em maior escala e, além disso, permite que as imagens contenham dimensões maiores.

Mas, não se engane, pois nem só de MP depende uma imagem. Exemplos claros disso são o iPhone XR, o XS Max e o recente iPhone 11, que têm a lente principal com 12MP. Um de seus concorrentes, o Xiaomi MI Note 10, por exemplo, tem 108MP na mesma lente, e nem por isso eles deixam de estabelecer uma concorrência acirrada em termos de fotografia.

Vale dizer que muitas fabricantes têm compensado a pixelagem menor com softwares que realizam preenchimentos dos pontilhados com inteligência artificial.

Tamanho da abertura ou apperture size

Nas especificações das câmeras de celular, o tamanho da abertura é um ilustre desconhecido de muitos. Isso, pois ele é superimportante, mas muita gente não compreende bem o conceito na hora de escolher um novo smartphone.

Cada lente fotográfica possui um diafragma que determina a quantidade de luz que chega até seu sensor. Assim, quanto mais luz, mais claras serão as imagens. As referências, contudo, são contraintuitivas para leigos.

Isso acontece, pois quanto menor o número da abertura, maior será a recepção de luz. E vice-versa. Assim, a lente principal do Galaxy S10, que chega a f/1.5 (variável), é capaz de absorver mais luz do que a do Motorola G8 Play, que é de f/2.

O reflexo dessa interpretação é visível sobretudo em ambientes noturnos, nos quais o S10 será capaz de interpretar o cenário apesar da pouco luminosidade melhor do que o G8 Play. Que não faz feio para um telefone intermediário, diga-se, mas pode apresentar granulação.

Então, se você é do tipo baladeira(o), esse é um bom elemento a ser avaliado no momento de comprar um smartphone novo.

Foco

As câmeras de celular trazem esse recurso como automático (autofoco) ou manual (por toque na tela), porém essa dualidade pode ser variável a depender do momento do uso.

Por exemplo, ao ativar a câmera do seu celular, se essa determinação não for feita nas configurações, o smartphone ajusta o foco de acordo com a imagem que ele interpreta. Porém, um simples toque no display no lugar em que se deseja o foco pode alterar esses ajustes.

Esse recurso é interessante, pois muitas vezes é possível realizar o efeito de desfoque com um simples toque na tela, deixando objetos próximos ou distantes desfocados automaticamente. Está aí um plus pra quem quer um efeito legal pra sua foto, mas não conta com celulares tão modernos, como os que contêm o sensor ToF.

HDR

O recurso de High Dynamic Range está presente na maioria das câmeras de celular atuais, mas às vezes trata-se de um gênio incompreendido. Sua função é capturar intensidades de luz diferentes de um cenário.

O HDR geralmente serve para capturar 3 imagens do mesmo objeto, uma com muita, outra com pouca e uma terceira com média luz. Depois, ele as funde em uma única imagem. Assim, o equilíbrio e a fidelidade de cores é mantido.

Contudo, efeitos de luz e sombra, ambientes escuros ou objetos em movimento podem sofrer quando o recurso está ativo. Sobretudo com granulação.

E, vale ressaltar, é bom segurar bem o celular na hora da foto, pois, como são três imagens fundidas, o movimento pode resultar numa fotografia borrada, com silhuetas desagradáveis.

ISO

Câmeras de celular tradicionalmente contam com ISO 100, o que permite imagens com boa qualidade em ambientes bem iluminados. Isso, pois a ferramenta está relacionada com a quantidade de sensibilidade de luz com que opera a lente.

A lógica aqui é a seguinte: quanto maior o número, mais clara a imagem; e quanto menor, mais escura.

A adaptação à luz ambiente ocorre normalmente no modo automático, então esse talvez seja o melhor modo de operar a sua câmera se você não quiser errar na hora da foto. Um desajuste de ISO pode levar à granulação.

Zoom

Duas são as possibilidades de zoom nas atuais câmeras de celular: ótico e digital.

No primeiro, é como se a sua lente possuísse um binóculo, operando de um modo físico para se aproximar de um objeto. No segundo, porém, a aproximação é feita por um recurso de software, que aumenta a imagem.

Ao adquirir um celular, se for possível, opte pelo zoom ótico, pois ele é mais fiel e garante imagens melhores. O digital geralmente tende a diminuir a qualidade da foto, além de dificultar o processo de estabilização dela.

Estabilização

Aqui também temos duas possibilidades, a ótica e a digital, e, do mesmo modo, a ótica tem resultados melhores a oferecer ao usuário. Isso, pois o sistema consegue compensar melhor o tremor das mãos quando as fotografias não são feitas com tripé.

Há smartphones modernos, como o Samsung Galaxy S10 Lite, que contam com um novo recurso. Segundo a fabricante sul-coreana, o tremor das mãos será praticamente nulo com o Modo Superestável.

Lentes das câmeras de celular

Quando falamos sobre recursos, vale a pena também explicar os tipos de lente que entram na jogada. Como cada vez mais os smartphones trazem conjuntos fotográficos, é difícil compreender o que cada sensor faz pelas suas fotos.

  • Sensor principal: essa é a lente principal, aquela que sua câmera utiliza para fazer a fotografia quando nenhum outro recurso é solicitado.
  • Grande-angular ou wide: essa é a lente, então, que permite ampliar o campo de visão (ou a dimensão) das suas fotos. Há quem diga que ela serve para aproximar esse campo do tamanho da visão do olho humano, mas é difícil de acreditar, inclusive nos melhores cenários.
  • Ultra-wide: trata-se da lente que amplia ainda mais o campo. Nesse tipo de fotografia, é bom deixar os participantes mais próximos do centro do cenário, pois os cantos tendem a sofrer com algumas deformações de contorno.
  • Telefoto: esse sensor promete ampliar ainda mais o zoom sem permitir a perda da qualidade. Quem vai a shows, estádios, ou quer fotografar de longe, trata-se de um bom recurso a estar presente no próximo celular.
  • Macro: esse sensor permite que os objetos sejam retratados bem de perto, e há câmeras de celular que prometem uma aproximação de 10x.
  • Depth ou profundidade: essa serve para aquele efeito desfocado, porém muitas fabricantes preferem contornar o apetrecho com inteligência artificial. Contudo, ele segue sendo bem bacana, com resultados bem interessantes.

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Gabriele Assif Kassel
Gabriele Assif Kassel
Gabriele Kassel é uma escritora freelancer de tecnologia e estilo de vida que mora em São Paulo. Com formação em ciência da computação, se especializou em escrever sobre tecnologia para grandes empresas, além de ter colaborado com publicações como Wired, Fast Company e Forbes.
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