7 dicas para proteger sua rede e seu modem de invasões

 

Diversos estudos mostram uma tendência bastante preocupante: o aumento no número de ataques de cibercriminosos a dispositivos de redes, como modem e roteador.

Entre os perigos de um modem desprotegido estão invasões de hackers, roubo de dados e até golpes que se aproveitam de configurações vulneráveis no roteador.

Eles invadem a sua rede para roubar dados pessoais, senhas de contas bancárias ou número de cartões de crédito. Podem ainda desviar as conexões para servidores maliciosos ou simplesmente usar a sua internet sem você saber.

Ou seja, o Wi-Fi lento pode significar que alguém está usando sua internet sem a sua autorização.

Abaixo, separamos 7 dicas eficientes para que você proteja seus dispositivos de rede e, consequentemente, seu computador, tablet ou smartphone.

Mas antes, detalharemos os riscos de ter seu modem ou roteador invadido. Fique atento!

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Os riscos das invasões de modem e roteador

Para roubar seus dados, os hackers geralmente invadem seu modem ou roteador e redirecionam seu acesso de internet para outras páginas. Quando você vai acessar a página do seu banco, por exemplo, pode ser redirecionado para um site clonado, que é praticamente igual ao site original.

Ao digitar seus dados nesse site falso, eles poderão ser visualizados e copiados para futuro uso em fraudes. Mesmo que o seu computador esteja protegido por um bom antivírus, ele não está imune a esses ataques.

Por isso, é importante que você adote medidas para reforçar a segurança da sua rede e do seu modem e roteador. Com ações simples, você consegue evitar não apenas queda no desempenho, mas também outros riscos.

  1. Altere o login e senha do modem e do roteador

Ao saírem de fábrica, o modem e o roteador são configurados com uma senha padrão.  Sendo assim, é fácil desvendar quais são os passwords, caso você não tenha feito nenhuma alteração.

Por isso, mudar o nome de login e senha padrão das configurações desses aparelhos é imprescindível para garantir a segurança na rede.

Recentemente, especialistas descobriram um malware, chamado GhostDNS, que pode sequestrar o DNS do roteador para roubar dados bancários e informações sensíveis do usuário. Uma das principais causas para o ataque está no fato de que muitos usuários mantêm o código de fábrica, geralmente admin/admin, dando acesso livre a definições importantes da conexão.

Mesmo quando o fornecedor de internet faz a instalação do aparelho em sua casa, a senha padrão de acesso às configurações não é alterada. Com a troca da senha, é muito mais difícil para o criminoso alterar as configurações de seu dispositivo de rede.

  1. Mantenha o firmware do roteador ou modem atualizado

O firmware é o “sistema operacional” do seu roteador. É importante ele esteja sempre atualizado. Assim, seu roteador terá menos vulnerabilidades, evitando o ataque dos criminosos.

Normalmente, no site do fabricante, é possível fazer o download gratuito da última versão do firmware, conforme o modelo do dispositivo.

Nem todos se lembram disso, mas é algo fundamental para manter sua rede segura. Os usuários precisam ficar atentos às atualizações de firmware, pois é nelas que as fabricantes podem disponibilizar ajustes e configurações de segurança importantes.

  1. Use o protocolo de segurança WPA3

O WPA3 é um novo protocolo das redes Wi-Fi, uma evolução do WPA2 – que é o mais utilizado atualmente. A novidade promete oferecer mais segurança para a troca de dados dentro da rede ao adicionar uma série de recursos de proteção, como um novo tipo de criptografia e resistência a ataques de “força bruta”.

Mas o que é WPA? O WPA (Wi-Fi Protected Access) foi implantado em 2003 para substituir o WEP (Wired Equivalent Privacy). O WPA introduziu uma autenticação mais robusta, o que tornou a conexão sem fio mais segura.

A justificativa para a criação desse sistema pode ser entendida a partir da popularização das conexões sem fio, que promoveu também o crescimento do apelo por uma maior proteção dos dados trocados dentro da rede.

Entretanto, apenas um ano depois, em 2004, foi lançada a segunda geração do WPA. O WPA2 redefiniu a forma como o roteador e dispositivos se comunicam ao adicionar uma criptografia AES, mais eficiente. Assim, o protocolo passou a dificultar que informações trocadas entre um ponto de acesso (roteador) e um dispositivo (smartphone, TV, etc) sejam rastreadas com facilidade.

Apesar dos nomes estranhos e das possibilidades de problemas, essa configuração é importante e deve ser escolhida com calma, e claro, com algum conhecimento das tecnologias envolvidas. Escolha a opção errada, e você terá uma rede mais lenta e menos segura.

  1. Coloque uma senha forte na sua rede Wi-Fi

Colocar uma senha para o Wi-Fi é o primeiro passo para mantê-lo longe de intrusos.

A ausência de código de acesso faz com que a rede fique aberta a qualquer pessoa. Ela pode ser usada por gente que só quer usar Internet de graça, o que torna sua conexão mais lenta. Ou, pior, pode ser acessada por alguém com intuitos maliciosos, que pode aproveitar a brecha e roubar dados.

Entretanto, será de pouca serventia alterar a senha se você inserir uma combinação fácil de ser decifrada. Atualmente, os hackers utilizam sistemas complexos que testam e conseguem detectar senhas fáceis.

Sendo assim, evite o uso de palavras, datas ou nomes que constem em um dicionário. Uma ótima dica é criar um password que misture letras, números e símbolos, com no mínimo oito caracteres.

  1. Saiba quais dispositivos estão conectados e bloqueie intrusos

Praticamente todos os roteadores atuais mostram os dispositivos que estão conectados à rede Wi-Fi. O procedimento pode ser feito pela página de configurações, que pode ser acessada por qualquer navegador, ou a partir do aplicativo do roteador.

Caso você não encontre um menu de “Dispositivos conectados”, localize nas opções de rede a lista de endereços MAC. Esses endereços consistem em uma combinação de letras e números que identificam cada aparelho. Após ter acesso à lista, verifique o endereço dos dispositivos que você tem em casa.

Uma terceira forma de achar intrusos na rede é por meio de apps e programas de computador. Caso encontre um dispositivo desconhecido, bloqueie a pessoa do seu Wi-Fi e mude a senha da rede para evitar que ela se reconecte com outro aparelho.

  1. Desative serviços desnecessários

Os modems e roteadores possuem serviços de acesso remoto ou outras tecnologias que são habilitadas sem que você saiba. Caso você não use esses tipos de tecnologias, o ideal é desabilitá-las por questões de segurança. A ‘gestão remota’ e o ‘Broadcast SSID’ são duas dessas tecnologias que podem ser desativadas.

Alguns fabricantes disponibilizam a função de ‘gestão remota’ para que modems e roteadores possam ser acessados além das conexões locais (LAN). Já no caso do ‘Broadcast SSID’, um modem ou roteador transmite o seu ID publicamente, deixando a rede visível. Isso pode ser alterado no painel de configurações ao desativar o recurso.

  1. Mude o DNS do fornecedor de internet

A maioria dos redirecionamentos causados por ataques aos provedores depende do DNS, que é a “lista telefônica” ou “102” da internet. É esse serviço que informa os números IP dos “nomes” da internet.

Se o seu provedor teve o serviço dele atacado, a única maneira é usar o serviço de DNS oferecido por terceiros. Isso funciona tanto para corrigir como para evitar o problema.

Um exemplo de serviço alternativo é o OpenDNS. Além das dificuldades de configurar o OpenDNS (você mesmo precisa alterar as configurações do seu roteador), a utilização do OpenDNS pode deixar sua internet um pouco mais lenta, porque ele interfere com o funcionamento de alguns sistemas de otimização de tráfego.

Por esse motivo, a não ser que você seja um usuário avançado, o uso desse mecanismo não é ideal. O melhor é que você comunique o seu provedor do problema e aguarde. Se os problemas forem muito frequentes, aí vale a pena usar o OpenDNS.

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Gabriele Assif Kassel
Gabriele Assif Kassel
Gabriele Kassel é uma escritora freelancer de tecnologia e estilo de vida que mora em São Paulo. Com formação em ciência da computação, se especializou em escrever sobre tecnologia para grandes empresas, além de ter colaborado com publicações como Wired, Fast Company e Forbes.
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